Desculpem amigos, mas não vou escrever sobre a partida Botafogo 4 x 0 Ceará, realizada no Engenhão na tarde de hoje, muitos o farão, escreverei sobre o retorno de um grande clube ao seu devido lugar.
Quarenta e duas mil pessoas dentro do Engenhão, outras milhares do lado de fora, uma festa linda e emocionante, uma homenagem dos torcedores do Botafogo não ao time do Botafogo, mas ao clube Botafogo, que vinha, ano após ano, chafurdando em dívidas e ocupando posições não condizentes com sua gloriosa história nos campeonatos que disputava. O Botafogo, hoje, nos mostrou que voltou a ser o grandioso clube que nunca deveria ter deixado de ser. Somos parte, como os outros grandes clubes do Brasil, da memória afetiva de nosso povo e somos o único, por nossas características especiais, que tem uma frase só sua para defini-lo: " Têm coisas que só acontecem ao Botafogo!"
Para o mal e para o bem, completo eu; outra particularidade alvinegra é preservar a memória dos seus símbolos, sentei-me hoje ao lado de um torcedor, deveria ter por volta de seus trinta e poucos anos, envergava, orgulhoso, uma camisa em homenagem ao Nilton Santos, ao seu lado o filho, cinco ou seis anos, usava um boné com a foto do Garrincha, em frente uma imensa bandeira homenageando Garrincha e Heleno de Freitas- que jogou no Botafogo nos anos quarenta do século passado e era louco pelo Alvinegro, mas nunca foi campeão com nossa camisa; ai me lembro que Zico- maior ídolo da história do Flamengo-, saiu escorraçado de lá outro dia. Isto jamais acontecerá no Botafogo, nossos herois são tão sagrados quanto nossa gloriosa Estrela Solitária, que brilhou intensamente no ceú da pátria, justo no seu dia.
Têm coisas que só acontecem ao Botafogo!
No mais a festa foi maravilhosa e cheirosa, ninguém peidou...tá... Flapress!