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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um poema chamado Mané Garrincha

fez que foi
voltou
o mané foi
fez que veio
voltou
o mané veio
foi veio voltou
[ gol ]
assim foi garrincha
o maior de todos os manés
mas a vida
grande mané
fez que veio foi
e não voltou
e levou nossa estrela
mas no coração do menino
que ainda sou
sua estrela brilha
na saudade de teu drible
na ternura de tua inocência
tu mané
que fostes a maior estrela
a engrandecer a constelação de estrelas
de uma estrela solitária
chamada botafogo
obrigado doce mané
tu és hoje
a mais bela e fulgurante estrela
a driblar no infinito do universo
não fosse cada drible seu
um belo e saudoso verso
de um poema chamado:
Mané Garrincha
A  alegria do povo!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mané Garrincha: A Alegria do Povo

Hoje Garrincha estaria completando 77 anos de idade se entre nós estivesse- e está!, é imortal o nosso Mané, está em nossa memória e em nossos corações, para todo o sempre. Não foi Rei; não foi Imperador; não foi Príncipe; foi algo muito mais belo e lúdico: foi a Alegria do Povo! O que pode haver de beleza maior que levar alegria a um povo, mormente um povo pobre, humilhado pela miséria, como o nosso? Nada, digo-vos eu, por isso Mané, com suas pernas tortas, seu jeito simplório, foi o maior de todos, nenhum titulo, doce Mané, é maior que o seu: A alegria do povo!
Sou Botafogo, Mané, por tua causa, meu querido pai era torcedor fanático do time lá da Gávea( pobre Gávea, um bairro tão bonito!), e por ser o mais velho tinha de seguir os passos dele, mas como o Botafogo nos escolhe, fui escolhido ao "ver" no rádio seus dribles, sua arrancadas, sua maneira única de fazer do futebol uma eterna pelada, daquelas que jogava com seus amigos de infância lá em Pau Grande, onde nasceste. Lembro-me, Mané, eu um garoto de seis anos, a acompanhar a decisão do Campeonato Carioca de 1962, quando destruístes os pobres urubus, enfiando-lhes um humilhante 3 x 0 papo abaixo( não sei se urubu tem goela); ali, Mané, o brilho de nossa estrela já havia tomado minh’alma e meu coração, mas eu guardava a paixão escondida dentro de mim, por medo de decepcionar meu pai. Não que ele fosse me bater, zangar…nada disso, ele era incapaz de algo assim, mas medo da tristeza que iria lhe causar. Mas têm coisas que não dá para esconder e no dia seguinte ao jogo estava na loja que tínhamos lá em minha querida São José do Calçado, meu pai ainda não havia chegado, quando digo para minha mãe: Mãe, eu sou Botafogo, mas tenho medo do pai não deixar! Ela me deu um beijo e disse: ” Vai deixar sim, eu vou falar com ele.”Pouco depois entra meu pai, cerca de 110 quilos espalhados por cerca de 1,83 metros; minha mãe, do alto de seus 1, 58 metros, se vira para ele e diz: ” O Zé Antonio é Botafogo e você não vai obrigá-lo a mudar de time, aliás, eu agora também sou Botafogo!” E sem esperar resposta vira-se para mim e diz: ” Viu, eu não falei que ele ia deixar, agora vai brincar com seus amigos na praça!” Saí em desabalada carreira, gritando a plenos pulmões: Eu sou Botafogo!!! Eu sou Botafogo!!!…o pai deixou…coitado, nem a boca abriu. Era um bom homem, meu pai.

Pois é, seu Mané, foi assim que me tornei Botafogo, e você é o maior responsável por isso. Parabéns por seu aniversário e meus agradecimentos eternos por ter sido o que há de mais belo e puro que um homem possa ser: A alegria de seu povo!

Obs: Crônica que fiz no aniversário do Garrincha que estou reproduzindo aqui.

                                                                                               

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Eu só vim ficar triste com você

Sete de setembro é dia de seu aniversário, meu querido amigo e todo ano sinto tua ausência. Neste não sentirei, sei que estará comigo vendo nosso destrambelhado e querido Botafogo sentado ao meu lado no Engenhão. Partiste cedo demais, meu doce amigo Tiziu, deixando-me uma saudade, uma falta, que não passa- digo sempre que saudade é o tempo que não passa dentro da gente-, foram anos e anos compartilhando as dores e alegrias de nosso Botafogo e da vida e assim, sem mais, você se foi, mais uma vítima de uma bala perdida que te achou bebendo um Nadir Figueiredo cheio de alegria( Nadir Figueiredo é a marca do copo em quem o Tiziu bebia sua alegria- cachaça ) em um boteco da vida..
Como esquecer, amigo velho, o dia em que estava sozinho sentado na praça, triste estava eu, muito triste, você chegou, sentou-se ao meu lado sem dizer uma palavra e ali ficou, passado um tempinho eu te pergunto:
- O que está fazendo aqui?
- Nada... eu só vim ficar triste com você.
E ficou ali, triste comigo. Passado um tempo você me abraça e diz:
- Agora chega de ficar triste, vamos lá no Papai Serafim beber um Nadir Figueiredo cheio de alegria!
Ah, amigo, sinto muito sua falta, mas amanhã sei que estará ao meu lado no Engenhão, com sua alegria infinita, torcendo para o  nosso Glorioso e  beberemos um Nadir Figueiredo cheio de alegria para comemorar seu maior presente de aniversário: uma vitória de nosso amado Botafogo.
Depois...o de sempre...saudade...muita saudade!