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quinta-feira, 31 de março de 2016

Ser Botafogo é o maior dos títulos

Ser Botafogo é o maior dos títulos

O Botafogo é um clube estranho, diferente… diria que sedutor em sua insanidade.
Não temos mais títulos, não temos mais torcida, não somos o “maior” em nenhum dos frios quesitos matemáticos usados para comprovar a suposta grandeza de um clube. Constam, inclusive, nas tais estatísticas, inúmeros títulos roubados.
O Botafogo, senhores, é diferente dessa gente. Qual o único clube do mundo a ter um ditado só seu gravado na memória popular de seu país: o Botafogo, afinal “têm coisas que só acontecem ao Botafogo”, não é?
E é nosso o mais querido jogador guardado na memória afetiva de nosso povo: Mané Garrincha, a alegria do povo. Lindo, não? Um é rei, outro príncipe, mais outro imperador. Nós temos “a alegria do povo”.
Ah, e no auge do futebol brasileiro, quando o Brasil conquistou três Copas do Mundo num período de apenas 14 anos,quem foi o clube que mais colaborou com as conquistas? O Botafogo, claro.
E torcedor do Botafogo, como bem definiu o jornalista Lúcio Rangel, nem gosta de futebol, gosta do Botafogo. O futebol é apenas o detalhe que nos permite exercer nosso sagrado direito de amar um clube que não é o maior em nada segundo as frias estatísticas matemáticas dos que vivem de quantidade. São os óbvios, que só  sentem-se seguros seguindo manadas ou bandos esvoaçantes. Jamais poderão ser Botafogo. O Glorioso não é para os óbvios. É para os que são escolhidos pela estrela solitária do destino.
Ser Botafogo é o maior dos títulos, e isso nos basta.
Zatonio Lahud












sábado, 16 de maio de 2015

Nilton Santos, os 90 anos do gênio da bola que amou o Botafogo sobre todas as coisas

Nilton Santos, os 90 anos do gênio da bola amou o Botafogo sobre todas as coisas


Noventa anos de amor ao Botafogo. Nilton Santos, o santo do Botafogo, a enciclopédia do futebol, está completando noventa anos hoje.
Mas ele morreu, dirão os néscios. Gênios não morrem, afirmo eu. Ficam, para sempre, guardados no coração e na memória afetiva de seu povo.
Nilton tinha alma de santo pela simplicidade com que viveu, e futebol de gênio. Um imortal que amava seu Botafogo sobre todas as coisas. Inclusive dinheiro. Por diversas vezes assinou contratos em branco com o Glorioso. Foram dezessete anos honrando a gloriosa camisa 6 do Alvinegro, a única de clubes que usou em sua longa carreira. Uma estrela desfilando imponente pelos gramados  com uma linda estrela no peito.
Parabéns grande Nilton, o Botafogo te reverencia e te saúda!
Não esqueçam, senhores, quando o Botafogo entra em campo, não é apenas um time o que veem, não!, é a História do futebol passeando por vossos olhos.

Um exemplo de como era grande o futebol do Nilton: Em um amistoso na cidade do México: Botafogo x River Plate. Nestor Rossi, o maestro da seleção Argentina, chamou o lateral do River e aconselhou:

- Quer melhorar teu futebol? Então faz o seguinte: "Aquele ali é o Nilton Santos, beque esquerdo como você. Vai lá perto, disfarça e passa a mão na perna dele. Só isso. Passa a mão que naqueles pés está o futebol de todos os beques do mundo".

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Botafogo: o destino de um clube entre a tragédia e a glória

Camisa do atleta de basquete, Armando Albano do BOTAFOGO FOOTBALL CLUB.
Em 11 de Junho de 1942, Os dois cubes com o mesmo nome, BOTAFOGO - BOTAFOGO FOOTBALL CLUB e CLUB DE REGATAS BOTAFOGO, disputavam uma partida pelo campeonato cariocade basquete no ginásio Mourisco Mar, em Botafogo. Quando o placar apontava: BOTAFOGO FOOTBALL CLUB 23 x 21 CLUB DE REGATAS BOTAFOGO, Albano sentiu-se mal e teve um mal súbito e veio a falecer minutos depois.
O processo da Fusão entre os 2(dois) clubes já era debatido entre os dirigentes dos clubes, mas foi acelerado como uma homenagem á Albano.
Nascia o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, na noite do dia 8 de dezembro de 1942.

Pesquisa: Livro BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, HISTÓRIAS E CONQUISTAS NO FUTEBOL, por Antõnio Carlos Napoleão, pags 22-23 - Ed MAUAD.

"O Botafogo é o clube mais calabrês, mais siciliano do futebol brasileiro"( Nélson Rodrigues).
E por que somos assim, me pergunto? Nascemos, o Botafogo Futebol Clube, para nos contrapor ao poderoso Fluminense, que dominava, sem rivais à altura, o futebol carioca no início do século passado. E fomos, logo de cara, perseguidos pelos tricolores que tentaram nos roubar, e em parte conseguiram, já que o título é dividido, o Campeonato Carioca de 1907.
No Campeonato de 1910, outra tragédia Alvinegra: Dinorah, um de nossos jogadores, era irmão de Dilermando de Assis, amante da mulher do grande Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, uma das obras seminais da literatura brasileira. Euclides resolveu matar Dilermando. No embate, Dinorah acabou ferido gravemente. O escritor acabou sendo morto pelo amante da esposa.
Dinorah recuperou-se, voltou à equipe e fomos campeões. Mas, após o ocorrido, nunca mais foi o mesmo, poucos anos depois acabou se suicidando.
Em 1911, em mais uma manobra do Fluminense, um atleta Alvinegro foi injustamente punido pela Federação. Altivos e insubmissos, que somos, abandonamos a entidade e fomos disputar um campeonato por outra liga. E pagamos caro pelo gesto de grandeza. Só voltamos a conquistar outro campeonato em 1930. Mas honra não se compra. Se conquista!
E só outra tragédia fez a união dos dois Botafogo: a morte de Armando Albano, jogador de basquete do Botafogo de Futebol, que morreu quando era disputada uma partida contra  Botafogo de Regatas. Da desgraça, da dor, das lágrimas...nasceu o Botafogo de Futebol e Regatas. O nosso atual Glorioso!
E Heleno? O mais altivo, elegante e belo jogador de Botafogo ( ele dizia que não era jogador de futebol, mas jogador do Botafogo, por isso "de Botafogo") a desfilar sua arte pelos gramados do Brasil...Morreu louco, em um hospício de Barbacena. Sonhando, em sua loucura, a voltar a jogar pelo seu amado Glorioso. O Botafogo é atávico, senhores.
E Mané Garrincha? O mais amado jogador na memória coletiva de nosso povo. A Alegria do Povo, o  que pode conquistar de mais belo um homem que ser chamado da alegria de seu povo? Em minha opinião: nada! E o grandíssimo Mané morreu bêbado, caído em um subúrbio qualquer do Rio de Janeiro. Bem no meio do seu povo. Que tanto o amou. Triste, o destino. O Botafogo.
E a venda de nosso sagrado solo de General Severiano? Eu era jovem... E vaguei, como outros milhares de jovens, atrás de uma camisa listrada de preto e banco, com uma bela estrela por cima do coração, acompanhando um clube que não tinha sede, estádio e time... Havia nos restado uma História, uma camisa, uma estrela...E a fé, dos loucos! O Botafogo é desvairadamente louco, senhores. Por isso, apaixonante!
E o injusto destino? Somos o clube que mais cedeu jogadores para a seleção brasileira. E o que tem o maior número de jogadores campeões mundiais envergando  a camisa do Brasil. E o que ganhamos com isso? Inveja e desprezo de nossos adversários. Fora os títulos que deixamos de conquistar por estarmos desfalcados de nosso principais jogadores. Em Copas e nas longas excursões que a seleção fazia à época. Sem contar os vários que nos roubaram. Injusto destino. Que nos importa?  Somos, nós, o Botafogo. Entre tragédia e glória, vivemos.
O Botafogo não é para os óbvios. É complicado demais para as multidões ignaras. Por isso fomos escolhidos. Pela indescritível, apaixonante, sofrida e inexoravelmente louca aventura de ser Botafogo. O eternamente...Glorioso!